Final programado



Vou amarrar-te na cerca de arame farpado
Ego mal amado
Fruto do pecado insensato
Dantes me olhava no espelho e sorria
Conheci o ódio e a luta pela liberdade
Que ninguém pode ter
E hoje tenho chorado.
Bebida, molotov, água fervescente que corrói
Degrada-te, te suja e desfaz em erros
E o meu inocente jeito
De querer agradar para ser agradável
Não mais que goste de mim
Porque você só dá valor a quem faz o que você quer
E agora eu farei por mim.

Usa tua imagem decadentista
Para o seu próprio fim,
Não abuse da minha educação
Para se voltar contra mim,
Não sou especialista
E nunca serei serafim,
Carrega tua cruz
E se esqueça que eu enfim
Faço parte da sua luz
Não tenha dó de mim,
Não seja ignorante, tratante e afim.
Nunca serei para você o que você quer de mim.

E se acha que criticar é porque faço graça
Rio da tua farsa de achar que está certo até por aqui
Não falo de ti
Apenas desabafo para não te refletir
Não quero que fumaça seja motivo da tua fúria
Tenho fogo e sou a própria passeata na rua
Só que ando na calçada para que não seja você que me mate
Eu vou seguir o meu caminho
Nunca sozinho, tenho temor a meu Deus
E minha vida não é carta de monte, nem peça de descarte.

O propósito da ira é o súbito do bêbado
Cai aquele que se levantar primeiro contra
A tua roubalheira da moral e enriquecimento da desonra
Acrescente-se sem o credo
Tenha fé sem medo
Teu fim já não é segredo
E já que sabe não tente ir mais cedo.

Venha comigo jovem-adulto-ancião
Não queima suas pálpebras darmo-nos as mãos
A paz mundial é impossibilidade
E já que é possível a salvação
Entre na veraneio renascentista
E não ande na contra-mão
Temos o rumo certo
O volante é o coração
A mente é o capacete de véu
O caminho é o céu
E o fim,
Por mais que eu nada tenha dito
E você esteja longe
Ainda assim será meu e seu.


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